Umidade relativa do ar a partir de dados de temperatura para o semiárido brasileiro - DOI: 10.7127/rbai.v14n501205

Resumo

A quantificação da evapotranspiração de referência é de fundamental importância para a agricultura irrigada. Esse fenômeno depende simultaneamente de diversos fatores, entre eles a umidade relativa do ar, dado este, que por muitas vezes não está disponível nas estações meteorológicas. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar metodologias para estimativa da umidade relativa do ar para o semiárido brasileiro (baseadas na equação de Tetens). A avaliação revelou que a metodologia que utiliza a temperatura mínima do ar alterada, em substituição a temperatura do ponto de orvalho deve ser utilizada com cautela. Mesmo ocorrendo melhoria nas estimativas da umidade relativa do ar, em alguns locais não foram observados resultados satisfatórios. Quando utilizado temperatura mínima -1°C, os valores médios do índice de concordância e raiz quadrada do erro médio foram 0,627 e 10%, respectivamente. Quando -2°C, os valores para os mesmos índices foram 0,571 e 12%, respectivamente. Quando a temperatura mínima do ar foi utilizada subtraída de um valor ajustado localmente foram obtidos valores de 0,676 para o índice de concordância e de 8,19% para raiz quadrada do erro médio. Após o ajuste o valor do R², correlacionando umidade relativa estimada e medida, subiu de 0,36 para 0,89.